A chave do reino

Agradeço ao Sr. Francisco Salvador ter num comentário esclarecido um facto histórico de relevo: quando Peniche foi elevada a condição de Vila e sede de Concelho o seu território era exclusivamente o correspondente à do arquipelago das Berlengas e da actual zona urbana da Cidade.
Confesso que estava convencido de que logo em 1609 teria sido incluído o terreno correspondente ao concelho da Atouguia da Baleia, o que afinal só ocorreu no século XIX.
Quanto ao dia em que a cidade comemora os 400 anos de elevação a vila e a sede de concelho, será inaugurada daqui a uma semana pelas 17:00, no Salão Nobre da Fortaleza de Peniche, a exposição “Peniche: a chave do reino – 400 anos a defender Portugal”.
Não será grande celebração, mas é melhor que nada, se bem que estes "400 anos" foram aqui um bocado forçosamente inseridos, afinal a edificação da Fortaleza de Peniche começou em 1557, mas pronto os "400 anos" podem ser relacionados com a data que se comemora e por aí adiante.
Enquanto não chega essa interessante exposição, aqui vai mais uma planta para aquecer:


Peniche em 1892

1 comentário:

  1. Apenas mais um tempero a acrescer a esta já extensa caldeirada:
    O concelho de Atouguia da Baleia (área correspondente às actuais freguesias de Atouguia da Baleia, Ferrel e Serra d'El-Rei) foi extintoem 1836 no decurso da Reforma Administrativa, engrossando a área do já existente concelho de Peniche.
    Infelizmente, talvez por alguns atouguieiros não terem bem aceite passarem a estar sob a tutela do concelho vizinho, na noite seguinte à da chegada da ordem governamental que dava conta desta decisão, a sede dos Paços do Concelho de Atouguia ardeu completamente.
    Para além do mobiliário e outros bens, para sempre se perderam inúmeros livros históricos e de registo administrativo correspondentes a séculos de vida desta parte do território.
    Deste modo passou a ser mais difícil estudar a história local, o que é uma pena...
    É assim, quando no calor da discussão política se esquecem os verdadeiro valores do futuro.
    Um abraço.
    Francisco Salvador

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