acrobacia #1


acrobacia #0

Ninguém vai assistir a uma exibição aérea para ver aviões ou a um rally para ver carrinhos. Vamos a esses eventos na esperança de os participantes terem um acidente espetacular.

Ou então sou só eu.

De qualquer forma o Caldeirada Penicheira tem o prazer de vos passar apresentar uma secção em que a desgraça alheia tem lugar garantido.


Porque a melhor acrobacia é a falhada.

salazar


Hoje fui à apresentação de um livro.

Não é bem assim, eu estava numa Livraria Bertrand, ouvi pelo sistema de som que ia haver uma apresentação de um livro qualquer coisa sobre Salazar e pronto, fui.

Na página que a FNAC tem sobre o livro, é deixada a pergunta a que o livro responde:
Por que é que um regime político associado com os autoritarismos e fascismos dos anos 30 e 40, e, numa altura em que o Mundo se dilacera numa guerra sem empate, organiza eleições?

Eu poupo-vos o encargo de terem de comprar a obra e respondo: porque Portugal queria mostrar ao mundo que apesar da guerra, continuava a funcionar normalmente, sem necessidade nenhuma de se envolver no conflito e mantendo assim a sua neutralidade estratégica.

João Avelãs Nunes apresentou a obra e deu também a palavra ao seu autor, José Reis Santos
O auditório estava longe de estar cheio. Melhor, éramos seis, sendo que dois eram funcionários da Bertrand. O que até me deu jeito, pois tive a oportunidade de participar no debate que se seguiu à apresentação da obra, pelo menos até perceber que a minha cultura política comparada com a destes senhores é a de um gato.

E o que me ficou da tarde de hoje? Que Salazar era um ditador como deve de ser, um homem que teve sob si todo o país sem exceções. Hoje foi várias vezes comparado a Hitler. Em frases que começavam com "Nem Hitler alguma vez se lembrou de...". E pelo menos até ao início da segunda guerra mundial, o nosso estado fazia tudo por ser uma cópia perfeita do fascismo iniciado em Itália e seguido pela Alemanha.

A situação financeira do país pré-Salazar não diferia muito da atual. Salazar também chegou ao poder na altura em que um país falira e para um organismo externo nos emprestar dinheiro, reclamava o controlo do Ministério das Finanças. Salazar opôs-se e resolveu o problema de tesouraria cortando os gastos do estado e lançando o país na miséria.

Isto foi uma pequena parte de tudo o que aprendi hoje. E de que isso me serve?
Muito daquilo que o país é hoje ainda vem do Estado Novo. Uma economia protecionista e burocrática, privilegiando os amigos do governo em detrimento da competição empresarial, um estado enorme e intrometido em todos os assuntos da nossa vida, uma lógica de cunhas e amizades para escolher a liderança dos organismos públicos.
Na verdade, tudo isto surgiu por alguma razão.
Os investigadores referiram várias vezes hoje que Salazar foi muito competente a fazer aquilo que queria. Apesar de todo o mal salvou-nos de uma guerra, onde teríamos sido uma boneca para os germânicos fazerem de nós o que quisessem.

Mas hoje, em pleno século XXI, os problemas não são os mesmos.
E não podemos deixar cair o país na miséria para o salvar, pois lá se ia a vitória nas próximas eleições.
Mas pelo lado positivo também não precisamos de salvar Portugal dos nazis.
Atuemos pois em conformidade.

somfest #4 best youth


entretanto #2 avenida do mar



A primeira foto tem quase 80 anos e remonta à altura em que foram construídos os edifícios de apoio à atividade pesqueira que ainda lá estão (por exemplo os Três Ás), se bem que agora sejam bares e restaurantes. Desde que a foto de baixo foi tirada as duas casas da direita foram demolidas, mas houve o cuidado de voltar a colocar na fachada do prédio que lhes tomou o lugar este azulejo.

adivinhe o monumento #2


#clicar na imagem para saber a resposta

entretanto #1 praça jacob rodrigues pereira



A fotografia de cima data da viragem do século XIX para o XX e retrata a Praça Jacob Rodrigues Pereira, que tem o nome de um nativo de Peniche que se notabilizou pelo seu trabalho com surdos.
Quanto à praça em si, merece destaque o seu actual aproveitamento comercial, e comparando as fotos podemos ainda notar a diminuição da área do jardim.

entretanto #0

Entre 2009 e 2010 tive uma rubrica na Voz do Mar na qual eu pegava numa foto antiga e ia ao mesmo local e à mesma hora e com o mesmo estado do tempo e até altura da maré e outras mariquices, tirava uma nova foto, editava-as para ficarem o mais parecidas possível e mandava-as para o jornal.

A ideia é simples, mas como eu sou um picuinhas nunca estava satisfeito e só passado muitas tentativas é que ficava minimamente contente com o resultado.

Vou fazer render o peixe e republicar aqui no Caldeirada Penicheira as edições do "Entretanto", mais algumas que não chegaram a ser publicadas e outras novas (se eu achar que ficam alguma coisa de jeito).

somfest #3 dapunksportif


adivinhe o monumento #1


#clicar na imagem para saber a resposta

adivinhe o monumento #0

Isto de ligar coisa alguma aos nossos monumentos é coisa recente, e durante muitos séculos só eram mantidos aqueles que podiam oferecer alguma utilidade para a sociedade. Por outro lado, a dificuldade em demolir e a falta de dinheiro para construir infraestruturas mais modernas ditou a sobrevivência de muitos edifícios, que embora não raros nem importantes na sua época, são agora muito famosos pela sua antiguidade.

De há umas décadas para cá, especialmente durante o Estado Novo, decidiu-se levar à antiga glória alguns monumentos nacionais, para reforçar a ideia da pátria monumental e gloriosa que vinha nos livros. Foram então operadas mudanças que por tão radicais que foram, hoje dificilmente alguém as deixaria levar a cabo.

Não necessariamente recuperados durante o Estado Novo, mas todos com um restauro hardcore em cima, vou propor-vos que adivinhem o monumento. Basta clicar na foto para ter a resposta.

notícias de 2013


alterações ao estacionamento


Está em discussão pública, até 18 de julho, o regulamento municipal de parques de estacionamento condicionado e de zonas de estacionamento de duração limitada na cidade de Peniche e zonas adjacentes.

Consultando a planta fornecida pela câmara, são as alterações mais visíveis:
  • É vedado o terreno em frente aos bombeiros velhos.
  • Construído um parque subterrâneo em frente ao Pingo Doce.
  • Regulamentação do estacionamento no Campo da Torre.

somfest #2 norton


Prioridades


Relato Antena 1


Pronto agora já sei de onde é que vem o relato mais entusiástico de sempre que tem passado na televisão.

Jazigo num cemitério é para meninos


no comment #1 angela merkel


no comment #0

Ainda sou do tempo em que não havia SIC Notícias, e para saber as notícias de manhã a mãe minha ligava a televisão no Euronews. No meio de todas as notícias aborrecidíssimas que apareciam sobre a política europeia, havia uma secção da qual eu gostava especialmente.
Chamava-se No Comment e destinava-se a passar vídeos não editados de acontecimentos da atualidade e
remeter para o telespetador qualquer juízo de valor.

O Caldeirada Penicheira tem assim a honra de repescar essa saudosa secção televisiva e mostrar aos internautas o mundo tal como ele é. A excelência deste jornalismo é nos trazido pela internet, mas é vos apresentado nesta excelência de conteúdos que é a Caldeirada Penicheira.

E se o PS tivesse ganho as eleições?



somfest #1 a jigsaw


somfest #0


Entre os dias 5 e 8 de Julho de de 2012 vai decorrer o festival Somfest na praia do molhe leste.
Quem sabe diz que vai ser tipo Woodstock 69 mas melhor.
Primeiro que tudo, porque vai ter bandas a dar com um pau, como diria a mulher do Paco Bandeira.
E segundo, porque haverá grandes nomes neste festival, tirando Jimi Hendrix que disse não poder vir por ter agendado um concerto a pares com Bernardo Sassetti.

O Caldeirada Penicheira vai prestar serviço público (para quem não sabe parte da fatura da luz é para financiamento exclusivo deste blog) e passar a mostrar-vos as bandas que vêm ao nosso encontro.

Stay tuned.

Atualização: parece que afinal o festival pode se não realizar. Vou ficar à espera de mais informações.


Atualização #2: vai decorrer no Baleal.

alterações


Com a nova encarnação do blog vieram várias alterações, a começar pela tentativa de sardinha no topo da página. Às sardinhas que se sentirem ofendidas as devidas desculpas.

A zona dos outros blogs também foi atualizada, e mostra agora o essencial da blogosfera penicheira de acordo com o blog mais recentemente atualizado, de cima para baixo.

Vou introduzir secções, as quais tratarão de um tema muito específico. O primeiro post de cada secção será uma descrição da dita cuja secção, para evitar surpresas desagradáveis e outros males. Cada secção terá o seu tag na coluna da direita, e basta clicar nele para ter acesso a todos os artigos dessa secção.

Na primeira encarnação do blog os temas abordados eram exclusivamente sobre Peniche, e na segunda foram na sua maioria sobre política nacional. Perante a importância do primeiro tema e a facilidade do segundo vou tentar manter um equilíbrio. Haverá espaço para tudo, até para receitas de bacalhau tailandesas.

Estão apresentadas as alterações à receita, disfrutemos agora a refeição.

PS: Metáforas referentes a comida passarão a partir de agora a ser usadas com mais discrição.

esta terra não é para monumentos



Hoje, dia 26, que há uma uma sessão pública comemorativa dos 50 anos da obra "Peniche na História e na Lenda", pelas 21.30, no Auditório do Edifício Cultural da Câmara Municipal de Peniche, apresento-vos um discurso do Professor Mariano Calado sobre a destruição a que os monumentos históricos da cidade têm sido repetidamente sujeitos. Que sirva de prelúdio para a sessão de logo à noite.

outra vez arroz


Pois é, tal como os alcoólicos e os toxicodependentes, eu também tenho recaídas.
No meu caso, dá para a caldeirada.
O que se sucede é que chega o verão e fico sem nada para fazer, por isso venho para aqui soltar o Herman José que está dentro de mim (não literalmente) e dizer javardices avulso.

Mas antes de mais, um assunto sério. Prometo ser dos poucos. Esta é a terceira encarnação do blog, sendo que a primeira foi escrita debaixo do espesso manto do anonimato. Eu fui um dos autores, mas houve mais, e alguns dos posts foram mesmo escritos por mais do que um autor. Digo isto porque um dia quando for Presidente da República (cuidado, ou eu ou o Durão Barroso) não quero que me venham atirar que fui eu que escrevi certas e determinadas coisas. Provavelmente até terei sido, mas ao menos posso atirar com isso para cima de outro gajo qualquer.

Vou passar então a afincadamente, durante pelo menos uma semana, dedicar-me a este blog. Agradeço em especial à minha madrinha por o ter mantido como homepage apesar dos meus esforços em lhe sugerir sites mais interessantes. E agradeço também a todos os outros internautas que nunca deixaram de consultar o blog este tempo todo, quero dizer, à minha mãe.

Para vocês as duas, outra vez arroz. De caldeirada.