que as há, há


Apanhada pelo furacão Sandy, afundou-se hoje uma réplica do navio HMS Bounty, famoso por numa viagem os tripulantes, comandados por Fletcher Christian, se terem revoltado contra o capitão.
Quem morre no acidente de hoje?
Claudene Christian, uma descendente de Fletcher Christian.

Filhos e netos de Claudene Christian, fujam-me de cenas chamadas ou parecidas com Bounty.

melhor cartaz de sempre

a sociedade


Já aqui disse várias vezes que o país está como está porque grande parte das pessoas que nos governam fazem política a defender os seus interesses e os dos partidos e empresas que representam.
Há até uma associação de pessoas poderosas que se reúnem para se entre ajudarem de forma a melhor conseguirem usar em benefício próprio o poder que têm.
Usam aventais, e o destino que mereciam a bem da sobrevivência da nação é sugerido pelo Alberto Gonçalves.

opinação #3 autárquicas


Muito se pergunta aos portugueses que partido escolheriam se fossem chamados a eleger um para formar governo agora.
O Caldeirada Penicheira não fica atrás e passa a perguntar aos seus leitores quem elegiam para liderar a nossa autarquia. Não que ela esteja para cair, mas já a pensar no próximo ano.
Sim, até agora ainda só conhecemos um dos candidatos, mas no dia a dia falamos, mesmo que indiretamente, bastante sobre este assunto.

Por isso, caro leitor, maior de 18 anos, cidadão português e que sabe o número de eleitor, em quem pensa votar daqui a um ano? Responda com sinceridade na coluna do lado direito.

questionário


É este o resultado do questionário que deixei na barra lateral do blog.
Obrigado por terem participado.

Tirando o visitante de Ferrel e os que são de fora do concelho, que podem ter alguma ligação sentimental a Peniche ou mais provavelmente vieram cá parar depois de o Google os ter direcionado para aqui, todos os que responderam moram na cidade de Peniche.

Isso faz-me pensar.
Os blogs penichenses, tal como este, seguem uma lógica de tanto falar de Peniche ou de outro assunto qualquer conforme a vontade do autor. Normalmente eu prefiro muito mais ler posts sobre Peniche do que sobre outra coisa qualquer. No entanto acontece que neste blog há parvoíce a dar com um pau mas posts relevantes sobre a nossa cidade há semanas que nem vê-los.

Eu interrogo-me sobre o que será melhor, escrever raramente mas só sobre assuntos que interessem especificamente aos penichenses ou escrever com mais regularidade sobre o que me vem à cabeça.
Peço desculpa se às vezes o que aparece aqui não tem o mínimo interesse, e sei que muitas vezes não deve ter, pois se fosse outro blogger a publicá-las eu faria o mesmo que vocês podem e devem fazer por aqui - scroll.

é a estratégia, estúpido!


Estive a ver um bocadinho de um debate entre Obama e Romney para as presidenciais.
Apostava que Romney herdou os assessores de Clinton.

google it #1

E para começar temos três almas (ou três pesquisas da mesma) que tiveram o azar de vir aqui ter depois de procurarem por machos latinos e ainda um fervoroso adepto tauromático:

EntradaVisualizações de páginas

italianos gatos
3
toiros na tv
1

google it #0


Todas as semanas, aparecem-me nas estatísticas do blog as pesquisas que o Google reencaminhou para aqui.
Infelizmente, os dados são apagados de semana para semana. Como tal, não vos posso mostrar palavras-chave que fizeram as minhas delícias desde que há acesso a estes dados.
Para que tal não aconteça jamé, a partir de agora passo a publicar palavras-chave que nessa semana trouxeram alguém para aqui.

chegou numa manhã de nevoeiro...


Carlos Tiago, mesmo sem blog próprio, é um dos nomes mais ativos da blogosfera penicheira, visto que grande parte de nós, bloggers, tiramos partido da informação recolhida e fotos tiradas por alguém cuja chegada os acontecimentos esperam para efetivamente acontecer.

Agora que chegou à blogosfera, haverá finalmente justiça no mundo.
Ninguém espera menos.

a burocracia


A instalação dos projetos de aproveitamento das correntes marítimas em Peniche está em risco.
Não por falta de interesse das empresas, mas pura e simplesmente por culpa da burocracia do estado. É o próprio secretário de estado da energia que o reconhece.

Graças a isso, o investimento na nossa região, a criação de postos de trabalho e a fixação de técnicos especializados pode ir toda para outro país que não seja tão hóstil ao investimento estrangeiro.

A burocracia tem um objetivo principal: sustenta uma economia protecionista.
Um protecionismo que se no Estado Novo se destinava a proteger a produção nacional, agora protege o sistema partidário atual, que vive do financiamento de um grupo de empresas de malta amiga.
92% das obras feitas pelo estado foram por ajuste direto, no entanto quando há oportunidade de receber investimento estrangeiro o estado prefere complicar a vida aos investidores para não tirar negócio às empresas do costume.

Esta situação só vai mudar quando a garantia de que um governo vai ser independente do poder económico der mais votos do que a descida dos impostos e outras promessas demagógicas do costume impossíveis de cumprir.

Mas o voto não depende só dos que lêem jornais e levam uma vida de trabalho honesto sem exigir mais do estado do que fornecer os serviços que pagam com os impostos.
O voto depende da massa popular, e essa, pelas sondagens, elegia agora para comandar o governo um partido que no último ano não apresentou alternativas nem nenhum caminho específico, já que depende do sistema atual para se financiar e para ter o apoio das suas bases, a maioria das quais deve ao estado os cargos (inúteis) que exercem em instituições públicas ou nas empresas contratadas pelo estado, conforme são governo ou oposição.

Se a demagogia e o populismo continuarem a levar a melhor nas intenções de voto, o investimento estrangeiro vai continuar a fugir de Portugal como o diabo da cruz e a nossa economia vai continuar a decrescer até o estado ser financeiramente insustentável.

três anos


Hoje o Caldeirada Penicheira faz três anos.

Merece uma contextualização histórica.
Não fui eu que quis começar o blog, foi antes ideia de um amigo, ao qual entretanto se juntou outro.
Eu não queria que o blog fosse anónimo, mas o tipo que teve a ideia de fazer isto viu-se metido na lista de uma junta e não queria mandar bocas aqui e ser identificado.
Ficámos todos como anónimos, o que deu asneira porque cedo começámo-nos a meter no que os outros escreviam e isso provocou o final prematuro do blog, ficando a partir de certa altura só eu a escrever porque os outros perderam a paciência para me aturar.

No entanto, apesar de o que aqui era escrito há três anos atrás ser de qualidade algo duvidosa, estávamos na época de ouro da blogosfera penicheira e os comentários aos posts não faltavam.
E valorizavam bastante o que se fazia por aqui.
Houve até uma altura em que pedíamos às pessoas para discutir temas que interessassem à comunidade local.
Essa iniciativa provocou até o elogio de Zé Pedrosa no seu Cerro do Cão.

Quando, depois de uma pausa de um ano, voltei ao blog, o espírito já não era o mesmo.
Há três meses, depois de outra pausa de um ano, deparei-me com uma comunidade ainda menos participativa.

O número de leitores não diminuiu, parece-me é haver menos atenção dedicada a cada site em virtude de haver tantos.

O maior responsável da diminuição da importância dos blogs é o Facebook.
Apresenta-nos o essencial à distância de fazermos scroll na página.
E não é dado a raciocínios muito complexos.
O que não falta é deixar-se um link de uma notícia qualquer sobre Peniche e depois aparecer uma série de comentários a enviar Tozé Correia para sítios onde nenhum de nós gostaria de ir.
A participação na caixa de comentários de um blog pretende-se mais formal e bem fundamentada.
Se eu chegar ao Facebook e disser para o Tozé ir levar numa parte dele tenho dezenas de "gostos", quando num blog ofensas gratuitas por norma são banidas, para dar lugar a bem menos numerosas contribuições para o assunto que se está a discutir.

Por ser um meio menos agressivo e mais exigente para os internautas prefiro o Blogger, e mesmo tendo muita pena que a comunidade seja menos ativa do que quando o blog começou, pelo menos nos próximos tempos vai continuar a haver Caldeirada Penicheira.

Posts sobre Peniche ou não, muito elaborados ou não, com bastante interesse ou não, comentados ou não, foi o que se fez no Caldeirada Penicheira nestes três anos.
A todos os que leram, comentaram, participaram, muito obrigado.
Não estou em condições de prometer muito, devido a andar bastante ocupado e fora de Peniche por longos períodos, mas apareçam cá de vez em quando, que sempre se arranja qualquer coisinha.

cilindros

Zé Pedrosa fez aqui há tempos referência ao estado de degradação em que está o antigo cilindro da câmara, sugerindo a sua integração numa rotunda.
Acontece que eu dei com outro cilindro, o de Viseu, exposto à entrada do seu politécnico:


Aprecio bastante esta ideia de meter um elemento importante para a população num sítio em que não incomode nem atraia demasiadas atenções, mas que de alguma forma enriqueça o espaço em que está.

Eu creio que o nosso cilindro ficaria muito bem num espaço aberto como o Parque Urbano ou o da Prageira.
Não seria nada de espetacular, mas são pormenores assim que distinguem uma cidade de um monte de prédios.

bora subir o nível (desde que não seja o das colunas)

O desafio do dia é:
Adivinhe quantas músicas diferentes estão metidas neste videoclip:


Pista: na melodia há elementos pertencentes a várias participações de países de leste na Eurovisão e instrumentais roubados aos Pink Floyd dos tempos mais psicadélicos.
Com esta base, o resultado podia ser brutal.
E de certa forma é.

parecia inofensivo


Café com leite - mais perigoso do que o que se pensa.

acrobacia #8

Regressam as acrobacias ao Caldeirada Penicheira, porque já há muito tempo não apareciam aqui desgraças.
Tirando os posts sobre política.

scouting #3 construções defensivas

Há umas semanas atrás fui percorrer o que restava do sistema defensivo da península de Peniche, mas só agora arranjei tempo para vos descrever o roteiro.

Nesta planta de 1846 assinalei a localização das fortificações:


Algumas fotos não foram tiradas no dia em que fiz o circuito, mas sim noutro em que tive oportunidade de obter uma melhor perspetiva, como é o caso desta, que capta por inteiro a Fortaleza vista do mar:


Os pavilhões atuais datam de 1956. Um relato da vida na prisão política, instalada em 1931, antes da remodelação é dado por José Magro:

A cadeia de Peniche (...) mantinha o estilo do velho forte do século XVII. água de cisterna transportada aos ombros e a balde. Casamatas nas muralhas. Pequenas ruas de edifícios térreos. Camaratas com traços das anteriores funções de cavalariças e outras. Havia a sensação de recuar uns séculos.

Fazemos um pequeno desvio até ao Forte de Santo António, frente à antiga igreja que partilha a designação.


Em seguida descemos até ao Forte das Cabanas, um monumento muitíssimo subestimado.
Qualquer monumento é subestimado em Peniche, mas este tem uma razão especial para a sua subestima: do sítio que o vemos, não temos noção da sua magnitude. O que vemos da estrada é isto:


Quando na verdade o Forte das Cabanas é uma fortificação isolada, muralhada a quase toda a volta e rodeada por água por todo o lado menos pela estrada que deu origem à Avenida do Mar (e agora pela comporta).


Do Forte das Cabanas seguia a Cortina do Cais.


Que deu a alma ao criador há meio século atrás para a construção da Avenida do Mar.


Os vestígios da defesa militar regressam no Meio-Baluarte da Misericórdia, que foi desvirtuado com a construção da Capitania e a Casa dos Pescadores.


No Baluarte da Ponte, a coisa descamba. Mais especificamente, os melrões. 
Não sei para quando será a execução da segunda fase das obras do fosso, mas era oportuno nessa altura arranjar toda esta zona, visto que depois de a estrutura de pedra ceder, a aceleração do processo de desabamento é muito maior.



No Meio-Baluarte de São Vicente a situação de dois merlões é a mesma. 



O resto dos merlões deste baluarte só ficaram a salvo porque em boa hora alguém construiu umas inestéticas mas eficazes rampas a suportá-los, que sem esse apoio já teriam cedido devido à força que a areia exerce dentro deles.


O monte de pedras à entrada do Quebrado corresponde à entrada da antiga Linha dos Moinhos, construída entre 1831 e 1832.


A praia do Quebrado deve o seu nome à muralha, ou melhor, à falta dela.
A muralha que ia do Meio-Baluarte da Camboa até ao Forte da Luz desabou aquando do terramoto de 1755. A seguinte foto mostra o local onde a muralha acaba:


 A partir daí o próximo vestígio é a base das antigas muralhas, na qual ainda se pode ver um túnel.


Em cima fica o Forte da Luz, que de ano para ano está a desabar cada vez mais depressa. Durante o meu percurso, tirei esta foto:


Há dois anos, tinha tirado esta foto no mesmo local:


Pois é, com a erosão não se brinca. Mesmo assim, acho que há males ainda possíveis de evitar, como o desabamento de alguns muros:


Mandei um mail com as três últimas fotos para o IGESPAR, que me disse tê-lo reenviado para a Direção Regional de Cultura, que até agora ainda não me contactou.
Quer isto dizer, o Forte da Luz está entregue à sorte, por isso quem o quiser visitar faça-o entretanto.
E leve um capacete da construção civil, não vá o diabo tecê-las.

Percorrendo a costa da Papôa, vamos dar a Oeste com o que resta das antigas baterias:



De volta a terra mais firme, passamos por um banco onde três senhores estão sentados, que é um aproveitamento das ruínas do Entricheiramento de São Miguel, construído em 1830 pelas tropas absolutistas.


Para chegar ao próximo ponto tem de se andar um bocado, trata-se do Forte da Vitória, por cima do qual foi construído o Restaurante Nau dos Corvos. A propósito, um excerto de um artigo do Professor Alves Seara n'A Voz do Mar:

Quando na década de sessenta A Voz do Mar por minha iniciativa decidiu realizar um ciclo de palestras, o Dr. Perpétua, fundador do ex Externato Atlântico, rotário de Porto de Mós, disse-me que para falar de turismo a pessoa indicada era um advogado de Leiria que também era rotário.
O restaurante Nau do Corvos já estava construído no mesmo espaço onde antes havia um miradouro e um posto semafórico que, por esse facto, já vinha sendo motivo de muita polémica.
No dia em que o advogado faria a sua palestra, fui buscá-lo a Leiria e, ao chegarmos a Peniche, pediu-me para continuarmos até ao Cabo Carvoeiro já que ele conhecedor de toda a costa que emoldura esta península onde nos encontramos (...) nunca se cansa de maravilhar-se com a sua beleza.
Fui deslizando vagarosamente parando aqui e além e, quando chegámos ao Cabo descemos do carro e perante o restaurante eis que, com uma ponta de indignação na voz, exclama:
-Estou roubado! Com este restaurante aqui foi subtraído ao domínio público uma vista panorâmica do oceano. E isso é crime!


Houvesse justiça no mundo e mandava-se abaixo o restaurante para ficarmos com o nosso pitoresco forte. Mas como no que toca a património da terra valores mais altos se levantam (especialmente os monetários) atualmente para se ter uma vista panorâmica sobre o mar é necessário subir ao terraço do restaurante, do qual também se pode observar um bocadinho da praça original do forte:


Estas fotos mostram a transformação:




E como último ponto para visitar temos a Bateria do Carreiro do Cabo, onde alguém achou por bem meter um peixe de pedra:


A única fortificação a desaparecer completamente foi o Forte do Porto da Areia Sul, que tinha esta configuração:


Como podemos ver, ainda há muitos vestígios da enorme ocupação militar que Peniche registou de meados do século XVI aos finais do XIX.
Isso acontece pois muitas estruturas militares estavam bastante afastadas do núcleo central da população, e assim evitaram ser demolidas para dar lugar a novas construções.
Exceções são as casernas da Fortaleza, que era um sítio ideal para a instalação de uma prisão de alta segurança, o Forte da Vitória, que estava num sítio estratégico para ser explorado comercialmente e o Forte do Porto da Areia Sul, num local de onde começou a ser extraída pedra.
Pela sua parte, a natureza, especialmente através da erosão, arrasou as estruturas defensivas da Papôa, para cuja ruína também contribuiu o saque da pedra de que eram feitas as fortificações. 

É uma pena que tão pouca gente conheça muitas das fortificações aqui expostas, pois assim também não haverá por parte da autarquia o interesse em preservá-las. 
Seria interessante investir num turismo cultural que tirasse partido do enorme potencial que há por aí na nossa terra. Sem ninguém a tomar conta do nosso património histórico, não podemos evitar que a natureza e o progresso o tome sem prestar contas.

sic - 20 anos

Vale a pena recordar um pouco do que a SIC trouxe até nós nestes 20 anos.
Honestamente, grande parte disso foi mau.
Mas puro entretenimento.




prato do dia

Avisam-se os portugueses de que hoje o prato do dia vai ser a bandeira nacional hasteada ao contrário.
Foram informados.


aviso


Avisam-se todos os mercedistas de que a Mercedes vai começar a vender o Renault Kangoo.
Mudem-se para a BMW enquanto é tempo.