fortaleza de peniche: visita guiada ao quartel de 1645

Há muito tempo que eu não escrevia um post sobre história. No entanto, não tenho tido tempo livre e blablabla. Mas uma das conversas com o meu pai a propósito do tema que motiva este grupo no Facebook despertou em mim esta ânsia em escrever um guia sobre o quartel instalado na Fortaleza demolido nos anos 50. Como tal, peço-vos que me acompanhem neste reset e visitem a Fortaleza enquanto construção militar.
Podemos começar de uma forma bastante tradicional, a cronológica. A evolução da Fortaleza desde o projeto de Nicolau de Langres até ao início do século XX foi esta:





 

Mais do que para vomitar fotos (para isso temos o Facebook) interessa-me entrar dentro das vossas mentes e fazer-vos localizar geograficamente os antigos edifícios na Fortaleza. Como tal, aqui seguem mais duas fotos aéreas tiradas nos primeiros tempos da prisão política, sendo que alguns edifícios são mais nítidos numa e outros noutra:



Posta esta abordagem geral vamos agora percorrer este espaço através das parcas fotos que chegaram até nós. Do lado esquerdo (a Oeste) o panorama era este:


A quem tentar localizar este espaço nas fotos aéreas posso adiantar que a foto é anterior, logo falta-lhe uma casinha. 
Por outro lado, no extremo direito da Fortaleza temos construções dentro e fora das muralhas:






Como podemos ver à direita nas últimas imagens, havia um lance de escadas que dava acesso ao terraço do Baluarte da Ribeira. 
Quanto ao espaço dos atuais blocos prisionais A, B e C começamos por um Entretanto:



E assim podemos ter uma ideia do que foi demolido (casernas onde estão os blocos A e B) e o que foi preservado (Capela de Santa Bárbara e partes do Palácio do Governador). Havia um outro edifício (que só aparece na última planta, do século XX) que partiu para junto dos seus, situado onde hoje é o pátio que "abriga" lápides e outras lajes do museu (note-se a ironia de meter "abriga" entre aspas):



E eu ficava-me por aqui, mas tenho a regie a dizer que me esqueci de mostrar o fundamental: as ruínas do Palácio do Governador (onde atual se situa o Museu Municipal) que explodiu em 1837 e foi apenas parcialmente reconstruido:




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